Eu estava sentada nos degraus da escada da escola, frustrada, arrependida talvez entendiada? não sei. Mas com certeza muito estranha, sem foco perdida em pensamentos sem sentido,com toda essa auto-piedade, chega a ser ridículo, meu egoísmo transbordava. Tantos ois, malditos OIS coisa mais inútil, que que deu com você? tá tudo bem? ninguém se importa mesmo, e aqueles que realmente se importam a se fodam vocês também só quero um pouco de paz.
Os berros nos meus ouvidos, o rock pesado e seu efeito tranquilizador. Eu só queria saber o que tava me deixando assim, porque eu estava tão irritada com tudo? lógico que me perturbava as pessoas ficarem perguntando o que, que eu tenho, nem eu sei o que eu tenho. Será que estou enlouquecendo.
Não ouvi o sinal tocar mais todos começaram a subir eu imitei, olhei meu horário fui pra sala era aula de artes, e ao contrario do meu lugar habitual com os meninos eu sentei junto com minha melhor amiga e o resto das garotas normais, fui pra o grupo à qual devia pertencer, sem muito sucesso de integração voltei para o meu livro, o livro tosco e vidrante que eu começara a ler hoje de manhã. Fascinada pela historia idiota do livro. fui pra aula de português sem o mínimo entusiasmo sem falar com ninguém, por incrível que pareça. Me sentei na primeira carteira. Que diabos eu estava fazendo na primeira carteira? de qualquer jeito foi o melhor, os fones continuavam em meus ouvidos, que agora eu arrancava para fazer meu papel de boa aluna, ou simplesmente para que a professora não me passasse um sermão e eu recebesse ainda mais atenção. Tirei os fones desliguei o mp3 e prestei atenção na aula, coisa que eu nunca faço, depois da explicação peguei de novo o romance gótico,o próximo tempo era vago minha intenção era continuar o dia estranho, com meu humor sem explicação, estava sentada sozinha absorta na ridícula historia de amor, quando uma amiga senta do meu lado e pede pra ver o que eu tava lendo, era uma das meninas que eu mais gostava no colégio, não era o tipo que ficava tagalerando ao seu lado, nem perguntava as coisas por curiosidade e sim porque se importa realmente com você, aos poucos a conversa rola meu amigos, os qual eu ignorei na sala também estão lá participando do papo animado que a gente dividia com a professora de português, que era muito mais legal do que eu imaginava, o recreio continuou no mesmo ritmo, mas eu não estava com cabeça para brindeirinhas e risadas, parecia mais uma velha depressiva, do que a adolescente retarda que eu sempre sou, mais uma aula monótona isolada lendo, Agora tocava sex pistols no meu mp3, seguida de historia que não foi de todo mal. Conversei com minha amiga, fui embora sozinha com o primeiro ónibus que eu odiava pegar porque chegava muito cedo, almocei lavei a louça, subi, enquanto o computador carregava eu comecei a arrumar a casa, O telefone tocou e tudo desapareceu, toda a confusão a tristeza a angustia parecia que havia evaporado, e quando atendi o telefone ela voltou na mesma hora, com a voz desconhecida de uma mulher querendo falar com minha mãe. Voltei para meu enterro pessoal. Quem sabe amanhã alguém me ligue

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