Vamos ver como me saio, escrevendo como mulher.

Eu o odeio com todas as minhas forças da maior e melhor maneira que posso. Não tenho nada pra dizer, fora isso. O odeio por que aquele imensíssimo filho da puta mostra que não sou ninguém, sem ele. Dói, me fere o ego. E isso nunca vai ficar fácil. Aceitar que amo aquele babaca, aceitar que sem ele não sou nada, o simples fato de aceitar que amo alguém, e logo ele. Não sou orgulhosa demais pra isso.

É o minha sina, minha penitência. Meu. Meu qualquer coisa, aliás. Desde que meu. E humilho facil por ele. Me humilho talvez só pela idéia de vê-lo de novo. De tê-lo, de sentí-lo. Já me ensinaram sobre matemática ou história mas amor - ou como ele fode com a sua vida - ninguém te ensina. Deixam você sofrer, sentir os sintomas e depois morrer, bem devagar. Sinônimo de sofrimento? E teria outro? Amor - se ele existir, claro -é feito por gente masoquista. aqueles de otários que gostam de apanhar.
E as porradas do maldito amor não são fracas, assim como o tal do cupido, é um mensageiro do diabo. Vem bonito, pra te agradar e te fode quando você menos espera. Amor é a rainha de todos nós. Ela sabe que nos governa, nos toma de nós mesmos pelo medo e pela pressão. Como um bebê brinca com o chocalho, ela brinca com nossas cabeças.
Trato amor como mulher? Claro! Se amor for homem, perco o respeito por ele fácil. Homem é um bicho primitivo demais para que o amor o seja. E o meu orgulho não deixa com que eu esteja de quatro por um homem. É tão mais poético tratar o amor como mulher!

E o amor não é nenhum anjo, para ser assexuado.

É, ser mulherzinha é demais pra mim.

Aliás, vá tomar no seu cu, amor do caralho!


texto original: Camila Marciano

rescrito por : Liliana M. Correia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se for comenta sejasincero, e criativo fazendo favor!!!